31% da população têm problemas nos pés, que causam dores e desconfortos em sapatos comuns, principalmente com o passar do tempo. Esse é um mercado potencial muito grande para palmilhas que corrigem essas imperfeições dos pés e aliviam as dores ao caminhar, praticar esportes e ficar em pé.
O pé chato tende a aumentar com a idade, pois é normal haver um “desabamento” do pé com a idade, enquanto a porcentagem de pé normal e cavo diminui, para as mulheres. Os homens não apresentam esta característica.
Mas o peso é preponderante nessa análise do pé chato. Há um aumento significativo no pé chato e pé muito chato conforme o aumento de peso, para homens e mulheres.
Homens:
IMC (índice de massa corpórea) e marca dos pés para homens
Mulheres:
Direção dos pés ao andar e pé dominante
56,4% da população – pés apontam para frente ao caminhar e 34,9% da população – pés apontam para fora (dez para as duas)
Com o aumento do peso há uma maior incidência de pés que apontam para fora (dez para as duas) ao caminhar, para homens e mulheres. A idade não interfere , ao contrário, indicam que, com o passar dos anos, há maior incidência de pés que apontam para frente.
Pé dominante é o pé direito para mulheres e homens, independente da idade e peso (86,4% da população).
Joanete (hálux valgo)
Tanto para homens como para mulheres, a tendência é o joanete aparecer com mais frequência com o avanço da idade:
O excesso ou não de peso não apresenta influência no aumento ou redução da incidência do joanete. O IMC (índice de massa corpórea) e incidência de joanete para homens e mulheres:
No geral, 16,2% da população têm ou tiveram joanete. Homens sofrem com o joanete bem menos do que as mulheres, apenas 8,4% da população, enquanto as mulheres representam 22,4% da população. Tudo indica que isso se deve ao tipo de calçado que as mulheres usam no decorrer da vida, que machucam os pés. Sapatos de bico fino ou bico estreito são os grandes causadores de joanete.
Produtos e acessórios para tratar o joanete devem, portanto, ser dirigidos ao público feminino, tendo como nicho, mulheres com mais de 60 anos.
Sapatos para o joanete
Em qualquer faixa etária há dificuldade para encontrar sapatos que acomodem o joanete. Apresentando um índice maior para as mulheres, uma vez que são as que mais sofrem com o problema. E também com o avançar da idade, já que o joanete se torna mais frequente com o passar dos anos.
Faixas etárias e dificuldade para encontrar sapatos para joanete para homens e mulheres
Para mulheres há um aumento na dificuldade em obter sapatos confortáveis para o joanete conforme o aumento de peso, que pode estar relacionado ao avanço da idade (mais velho=mais peso). No caso dos homens há também um crescimento na dificuldade em encontrar sapatos confortáveis para o joanete conforme o aumento de peso, para em seguida aparecer uma redução nos casos da obesidade mórbida.
16% da população apresenta joanete, e 53% destes não conseguem achar sapatos adequados. Portanto, 8% da população adulta é consumidora potencial de sapatos conforto para joanete.
Dedos em garra/martelo
11,4% da população apresenta dedos contraídos, seja em forma de garra ou martelo. Há um ligeiro aumento – para as mulheres – com o avanço da idade, uma vez que esta patologia também tem como causa o uso de calçados impróprios para os pés no decorrer da vida. No geral, mulheres representam 12.8% e homens 9,6% da população com dedos contraídos.
É um mercado potencial para produtos como anéis para evitar calos nas partes curvas/elevadas dos dedos, procedimentos cirúrgicos e palmilhas. O aumento de peso não influi na incidência de dedos contraídos:
IMC (índice de massa corpórea) e incidência de dedos em garra/martelo para homens e mulheres
Dedo de Morton
32,8% da população apresenta o segundo dedo mais comprido do que o dedão, sendo que as mulheres são 35,6% e homens 29,7%. É um extenso mercado potencial para tratamentos e produtos para o problema, que causa deformações e dores nos pés, como por exemplo, procedimentos cirúrgicos e separadores de dedos.
O avançar da idade não apresenta relevância no aparecimento do Dedo de Morton. Faixas etárias e incidência de Dedo de Morton para homens e mulheres:
O aumento de peso não apresenta influência na incidência do segundo dedo mais comprido do que o dedão para os homens, uma vez que tende a ser um problema genético.
Dedos sobrepostos
10% da população apresenta dedos sobrepostos, independente de faixa etária ou índice de massa corpórea, tanto mulheres quanto homens.
Faixas etárias e incidência de dedos sobrepostos para homens e mulheres:
O peso não apresenta influência na incidência de dedos sobrepostos:
IMC (índice de massa corpórea) e incidência de dedos sobrepostos para homens e mulheres
Pessoas com dedos sobrepostos necessitam de calçados com caixa alta, a frente do sapato deve ser alta para acomodar o dedo sobreposto e evitar ferimentos.
Perna mais curta do que a outra
9% da população apresenta uma perna mais curta do que a outra. 3 mm é a diferença média de comprimento entre as pernas dessa parcela da população.
Ter uma perna mais curta do que a outra apresenta aumento com o avançar da idade para as mulheres. Para os homens a idade não apresenta aumento na diferença de comprimento das pernas. A razão para esse aumento com a idade pode ser relativo ao fato de as mulheres, mais assíduas do que os homens em consultas médicas, começam a ter dores nas costas, pés, joelhos e na visita ao ortopedista descobrem que têm uma perna mais curta do que a outra.
Complementando o acima exposto, as mulheres apresentam ligeiro aumento na incidência de diferença de altura das pernas com o aumento do peso, que em muitos casos está relacionado ao avanço da idade:
IMC (índice de massa corpórea) e incidência de diferença de comprimento entre pernas para homens e mulheres.