São Paulo, agosto de 2017 – Diferente da indústria dos Estados Unidos, a confecção de calçados no Brasil possui a largura de bicos padronizada. Uma pesquisa divulgada no último mês mensurou os diferentes formatos de pés e dedos e os co-autores apontam alguns problemas que surgem desta padronização, já que não é possível atender a diversidade dos pés.
Entre os dados, 26.9% das pessoas afirmam que seu calçado não possui a largura adequada. Outras estatísticas reveladas pela pesquisa são a dos formatos dos dedos e a dos tipos de pés. O formato de dedos Egípcio está presente em 43% da população brasileira. Os dedos Romano e Grego representam 27% e 28% respectivamente, enquanto o Alemão e o Céltico são os mais raros, somando 2%.
“Vimos que 27% dos brasileiros têm pés chatos e 18,5% têm pés cavos. Nenhum sapato é feita para compensar ou elevar o arco do pé dessas pessoas, nem para que os dedos se distribuam perfeitamente. A consequência são dores e calos” alerta Thomas Case, co-autor da pesquisa e fundador da Pés Sem Dor.
“Lesões, dores e problemas estão muito ligados ao tipo de calçado que a pessoa usa. No Brasil os tamanhos se diferem entre as marcas e sem a informação adequada as pessoas adquirem números errados. Em todos estes casos, a falta de um apoio de arco para os pés poderia ser compensada com uma palmilha personalizada” conclui o Diretor de Fisioterapia Mateus Martinez, USP.
Com o objetivo de conscientizar as empresas do cuidado com os membros inferiores, a pesquisa consultou 2.940 brasileiros e foi desenvolvida entre março e junho deste ano pela Pés Sem Dor. Foi intitulada “O trabalho e a relação com os pés, tornozelos e joelhos” e está disponível ao público em bit.ly/PesquisaPesNoTrabalho.
A Pés Sem Dor é a primeira a confeccionar palmilhas ortopédicas sob medida em escâneres e impressoras 3D. Foi criada em 2009 pelo americano Thomas Case, que também é fundador da classificados de emprego Catho. Já atendeu mais de 50 mil pessoas e conta com parceiros na Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e China.